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O Body Positivity e suas contradições

Esse movimento de aceitação corporal está mudando as ideias desta geração sobre o excesso de peso e o que é saudável.



O movimento social sobre a imagem corporal positiva, mais conhecido como "Body Positivity", mostrou-se mais positivo do que negativo. A notoriedade desse movimento vem gerando dúvidas e ganhando muito espaço nas redes sociais devido às suas contradições.


O movimento surgiu como resposta a anos de propaganda de uma beleza feminina estereotipada. Na televisão, já é normal ver aparições de mulheres gordas, assim como em revistas de moda. No entanto, as revistas de saúde e bem-estar também estão apostando em capas com mulheres plus size como sinônimos de saúde.


A verdadeira intenção do Body Positivity


Embora tenha sido um paradigma criado em 1996 pelas americanas Connie Sobczak e Elizabeth Scot, atualmente se transformou em uma campanha psicossocial. Surgiu com o propósito de frear os distúrbios alimentares e ainda continua sendo impulsionado por suas pioneiras feministas com a intenção de fomentar a autoestima e o amor-próprio de cada pessoa, independentemente de seus atributos físicos.


Saúde mental e alimentação


Para ter uma saúde mental estável, é preciso alimentar-se bem. Não é possível estar com sobrepeso ou obesidade e ser saudável, diz a nutricionista Sara Goñi, da clínica Cesaraugusta de Tarragona. Segundo ela, são termos incompatíveis, já que o sobrepeso pode provocar cardiopatias, hipertensão arterial, diabetes, entre outras condições.


Em comparação com a cultura americana do “fast food”, a Espanha é um país exemplar em sua dieta mediterrânea. No entanto, Goñi expressa sua preocupação com a possível extinção da dieta mediterrânea devido às novas tendências. "Quando vejo os jovens, sinto um pouco de medo, muita americanização, não só da comida, mas da vida em geral", afirma. Ouça a nutricionista aqui.


Boa aparência não é sinônimo de saúde



Por outro lado, a psicóloga e facilitadora do "Body Positivity" Valeria Rodriguez Leal (ver entrevista), especializada em transtornos alimentares, destaca que "o conceito de saúde não está apenas baseado no peso. Você não pode julgar a saúde de alguém apenas olhando fisicamente". Ela também explica as principais causas para o desenvolvimento de transtornos e apresenta soluções como a alimentação intuitiva. Por fim, adverte que "mesmo que comêssemos o mesmo, fizéssemos a mesma quantidade de exercícios, ainda assim não teríamos os mesmos corpos".



O amor-próprio gera saúde


Um estudo do instituto International Journal of Behavioural Nutrition and Physical Activity aponta que pessoas que se amam sentem que merecem boa comida e fazem exercícios para melhorar seu autocuidado.


Por outro lado, pessoas com baixa autoestima se percebem como inúteis. Por isso, tendem a comer mais alimentos industrializados, como junk food, ou em outras palavras, “comida-lixo”. Assim, têm menor probabilidade de perder peso, pois sentem que são desvalorizadas pela sociedade e, em consequência disso, rejeitam os próprios corpos.


Outro estudo da National Library of Medicine também comprova que, ao aumentar o senso de autoestima e pertencimento nas pessoas, ajuda os pacientes a desenvolver uma autoeficácia em tratamentos para perda de peso ou anorexia nervosa. Dessa forma, pessoas com qualquer tipo de corpo também podem ter boa saúde, já que a saúde mental condiciona a saúde física.


A compaixão entre as mulheres


Artistas da cultura pop, como Selena Gomez, Lady Gaga e Demi Lovato, também defendem essa causa em suas redes sociais. O bullying e o “body shaming” costumam desencadear transtornos alimentares, fatores que elas mesmas ainda enfrentam no dia a dia, assim como qualquer outra mulher.


Recentemente, a cantora Selena Gomez sofreu ataques por seu sobrepeso após comparecer à entrega do Golden Globe. Em resposta às duras críticas, comunicou em suas redes sociais que não se importava em estar com sobrepeso por ter aproveitado as férias em família. “Não me importo com meu peso porque as pessoas reclamam disso de qualquer maneira. Você é pequeno demais. Você é grande demais. Isso não serve. Sou perfeita como sou".

 
 
 

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from Yhaicha Luzia Stibich

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